segunda-feira, 5 de setembro de 2011

XXI

Medo
Palavra escrita nas entrelinhas,
De diálogos ensaiados por estranhos desconhecidos.
Escuridão de ignorância,
Banhada em ouro derretido pela podridão.

Medo
Sentimento negro de aventura,
No breu de uma estrada coberta pela noite.
Terríveis grunhidos de loucura,
Rodeados por árvores caducas de maldição.

Medo
Incertezas de amanhãs,
Emergidas em lama visceral.
Gritos de morte,
Sob silêncios assolados por um nada temeroso.

Medo
Carnívoras intenções,
Auto-flageladas por desejos nervosos.
Escondidos do mais simples olhar,
Em segredos restritos de violações.

Medo
Amor descoberto,
Por uma entrega divinal.
Racionalidades fictícias de certezas incoerentes,
Perdidas em ansiedades de desejos mortais.

Medo
Do futuro, do passado,
De um presente de felicidade.
Receio pelo belo, pela verdade,
Apreensão de amar, apreensão de errar.

Medo
Palavra que nada faz,
Que existe e apenas o é.
Sentimento bloqueador, por entre amarras de calor,
Cuja dor de nada vale, de nada é.

Publicado em 11 de Setembro de 2013

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